O processo de informatização em nossa sociedade vem acompanhado da crescente utilização da informática também nas escolas. Estudos sobre o tema apontam, no entanto, que a formação do professor para a utilização da informática nas práticas educativas não tem sido priorizada tanto quanto a compra de computadores de última geração e de programas educativos pelas escolas, transparecendo a idéia de que os equipamentos sozinhos podem melhorar a qualidade das práticas educativas. O computador é uma ferramenta que pode auxiliar o professor a promover aprendizagem, autonomia, criticidade e criatividade do aluno. Mas, para que isto aconteça, é necessário que o professor assuma o papel de mediador da interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe formação para exercício deste papel. Nem sempre é isto, entretanto, que se observa na prática escolar. O computador pode ser um instrumento útil no processo de ensino-aprendizagem quando o aluno, assessorado pelo professor (o que intensifica a relação professor-aluno), assume o controle da máquina, utilizando sua criatividade no uso ou elaboração de programas que atendam seus interesses e necessidades. Neste caso, o computador torna-se uma ferramenta de aprendizagem (e não uma máquina de ensinar) que pode auxiliar no processo de aprendizagem do aluno.Uma sala de aula equipada com computadores, TV, vídeo, aberta e livre ao diálogo, pode se transformar em uma oficina de trabalho, a partir do momento em que os estudantes forem desafiados a buscarem soluções para os problemas em colaboração entre os pares e com as facilidades disponíveis pelas tecnologias. Isto pode fazer com que os estudantes ganhem mais confiança para criarem livremente, sem medo de errar. Assim a sala de aula pode gerar uma grande equipe para produção e troca de idéias, um ambiente diferente do da sala de aula convencional, onde a fala e a projeção do pensamento passam a ter papel fundamental no processo de criação e na aplicação dos conteúdos adquiridos formalmente.
21 de Março de 2009 16:26